domingo, 2 de dezembro de 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Onde você está procurando pela chave?
As histórias e contos sempre foram utilizados para transmitir lições de vida e valores que sintetizam a sabedoria de um povo. São uma estratégia educativa sensacional, pois atraem, encantam, sensibilizam e desencadeiam reflexões de uma forma leve e agradável. Ninguém se sente ofendido ou ameaçado por uma história, mas qualquer um pode se identificar com a mesma e aplicá-la à sua situação concreta.
Uma das histórias que eu gosto de contar é a que aparece nesse vídeo. É um conto oriental, uma das muitas estórias de "Mullá Nassrudin", um personagem que ora faz o papel de tolo, ora de sábio.
A "moral" dessa história pode ser aplicada desde à construção de uma Cultura de Paz no mundo, quanto aos desafios que cada um enfrenta em sua vida pessoal.
http://www.youtube.com/watch?v=xkCwbkX6pVA&feature=youtu.be
Uma das histórias que eu gosto de contar é a que aparece nesse vídeo. É um conto oriental, uma das muitas estórias de "Mullá Nassrudin", um personagem que ora faz o papel de tolo, ora de sábio.
A "moral" dessa história pode ser aplicada desde à construção de uma Cultura de Paz no mundo, quanto aos desafios que cada um enfrenta em sua vida pessoal.
http://www.youtube.com/watch?
sexta-feira, 23 de março de 2012
Por que escolhi trabalhar com Cultura de Paz?
Fui convidado a fazer uma palestra sobre CULTURA DE PAZ na XXXVIII Jornada Internacional de Cinema da Bahia, que ocorreu em Salvador, em setembro de 2011.
Enquanto me preparava para falar a essa singular platéia, percebi que cineastas nada mais são que "contadores de histórias" e decidi contar-lhes a minha história.
Ao fazer essa releitura da trajetória familiar, descobri que a Cultura de Paz está entranhada em nosso DNA... e isso, com certeza, teve profunda influência em minha escolha dessa temática como foco de minha atuação como educador, pesquisador e empreendedor social.
Compartilho essa descoberta nesse vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=diIgD2kwUkA&feature=youtu.be
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Uma ponte incomparável
Recentemente foi inaugurada a ponte mais extensa do mundo,
na China, tendo sido destaque na mídia internacional. Entretanto, ela é pequena,
se comparada com a ponte estabelecida por estudantes da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Pontes servem para conectar, aproximar e facilitar o ir e
vir, e as trocas. Nem todas as pontes são materiais. Há pontes invisíveis muito
importantes conectando pessoas, grupos e comunidades.
A maravilha da engenharia chinesa resultou da combinação de
concreto e aço, tendo o desafio de atravessar 42 quilômetros sobre o mar da
baía de Jiazhou. A conquista dos jovens baianos interligou Santo Antônio de Jesus a Teerã, resultando
da combinação de cidadania planetária e solidariedade humana, tendo o desafio
(muito maior!) de superar os abismos da indiferença e o lodo do egoísmo.
Nem os onze mil quilômetros de distância, nem as diferenças
de nacionalidade, idioma, cultura e religião foram capazes de impedir que
corações e mentes se conectassem em torno da defesa do direito humano à educação
e em favor da tolerância religiosa.
Tudo começou porque um grupo – que vinha estudando temas
como ética e humanização, e refletindo sobre a vida de líderes servidores como
Gandhi, Luther King, Mandela, Ruhiyyih Rabbani, Betinho, Chico Mendes, Irmã
Dulce, Rigoberta Menchú e Helen Keller – decidiu realizar um “ato de serviço” –
uma ação social que pudesse contribuir para a melhora do mundo.
Várias causas e possibilidades foram levantadas, mas houve
uma, em especial, que os sensibilizou: milhares de jovens iranianos cujo acesso
à universidade é proibido pelo governo daquele país. Creio que se deram conta
de que o anseio de aprender, prosseguir com os estudos, conquistar um diploma e
uma profissão é um sonho universal e um direito de todo ser humano. Ser
impedido de realizar o seu sonho por causa de sua religião, por participar do
movimento estudantil, por pertencer a uma minoria... é uma forma de violência e
opressão inaceitável – em lugar nenhum do planeta. Dentre os mais violentamente
perseguidos pelo governo iraniano encontram-se os 300.000 seguidores da Fé Bahá’í.
Diante da negação sistemática de matrícula e da expulsão de alunos bahá’ís,
essa pacífica comunidade religiosa organizou programas educativas para seus
filhos, que culminavam no Instituto Bahá’í de Ensino Superior (IBES) – uma rede
clandestina de professores voluntários, apostilas fotocopiadas e distribuídas
secretamente, aulas presenciais em sótãos de residências particulares e estudo
pela internet. A reação das autoridades é estarrecedora: professoras de aulas
para crianças foram enforcadas, jovens que educavam adolescentes foram presos,
e docentes do IBES receberam longas penas de aprisionamento.
No conforto e segurança de nossa sala de aula na UFRB, jovens
que muito batalharam para realizar seu sonho de cursar a universidade iam
conhecendo a história de outros membros de sua geração, arbitrariamente
impedidos de alcançar essa conquista. Estabeleceu-se então uma ponte – a da
empatia, do compromisso com os direitos humanos e da luta por aquilo que é
justo, verdadeiro e bom.
Em seguida, os estudantes da UFRB buscaram se inteirar
melhor sobre o assunto e começaram a organizar uma atividade para informar e
mobilizar professores, técnicos e seus colegas em relação a esse drama que está
ocorrendo agora mesmo, no presente momento. Decidiram engajar-se em uma
campanha internacional que vem ocorrendo em diversas universidades e pela
internet: “Can you solve this?” (Você pode resolver isso?).
Assim, no dia 14 de fevereiro de 2012, o Centro de Ciências
da Saúde da UFRB conectou-se com o povo do Irã, com os jovens bahá’ís e os demais estudantes cujo acesso à
universidade é impedido pelas autoridades da República Islâmica. Uma gigantesca
ponte constituída pelo simples gesto de dizer “sim, eu me importo!”. Como ensinou
Martin Luther King, “a injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à
justiça em todo lugar”.
Naquela manhã, as pessoas chegavam para mais um dia de
estudo e trabalho, e se deparavam com banners, cartazes e a exibição contínua
de vídeos e documentários sobre uma situação que a maioria desconhecia até
então. Durante todo o dia, os estudantes organizadores distribuíram panfletos e
deram informações. Os transeuntes que dispunham de alguns minutos eram
convidados a acessar ali mesmo o site da campanha e assinar uma petição on line dirigida a autoridades brasileiras
e da ONU em favor da garantia do direito à educação – sem discriminações ou
perseguições – pelo governo do Irã.
Mais de 200 pessoas assinaram a petição nos computadores
disponibilizados. Cerca de 400 integrantes da comunidade acadêmica receberam o
panfleto. Todas se sensibilizaram com a situação dos jovens ilegalmente
privados do acesso ao ensino superior.
Descobrimos que 11.000 quilômetros podem ser “logo ali”
quando nos reconhecemos como cidadãos planetários e co-responsáveis pelo
bem-estar de todos. Não há obra de engenharia que se compare com essa conquista
da consciência!
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
O Deus Tempo
De todos os deuses, o mais
implacável é o tempo. Jamais volta atrás, é inapelável. Não pára um instante
sequer. Não admite retrocessos nem aceita antecipações. Exerce seu poder
transformador e deixa suas marcas, sem piedade. Não perdoa os que tentam
enganá-lo ou desprezam a sua autoridade. Reina absoluto e permanente,
afetando-nos a cada segundo.
Costumamos dizer que o
tempo passa, mas na realidade quem passa somos nós mesmos. E como passamos rapidamente. De simples célula-ovo nos
transformamos em recém-nascidos, num piscar de olhos já saímos da infância, nem
bem nos acostumamos com as mudanças da adolescência e já nos tornamos jovens,
antes que possamos usufruir dessa etapa ficamos adultos e logo atingimos a
terceira idade. E deste mundo passaremos para o vindouro. Enquanto nós vamos
passando, o tempo permanece inalterado e intocado.
Somos, portanto, passageiros
dessa espaçonave chamada tempo. Nós passamos por ele e ele nos leva sempre
adiante, rumo ao desconhecido. Apesar de ser implacável no exercício dos
poderes que lhe foram concedidos, o deus tempo respeita as Leis do Universo e
não transgride os limites que lhe são impostos. Por exemplo, o tempo não tem o
poder de decidir para onde vai nos conduzir. Essa escolha é pessoal, íntima,
intransferível.
Cabe a cada um escolher a sua destinação e, a nave tempo
seguirá o rumo específico para se chegar àquela meta. O tempo não define o
destino, apenas nos conduz para onde almejamos. O tempo respeita a nossa
liberdade de escolha e não questiona se a rota é certa ou errada, se a viagem
será boa ou ruim.
Algumas pessoas passam a vida inteira adiando para amanhã a
sua decisão. Outras, não desejam sair de onde se encontram. Ambas, ao
concluírem a jornada, descobrirão que estão exatamente no quilômetro zero.
Talvez nesse momento se arrependam, mas aí, o tempo demonstra o seu absolutismo
e não permite viagens extras ou caronas. Afinal, quem chega ao fim de linha, ao
ponto final, tem que descer do ônibus. É assim que funciona.
Escolher é um direito
mas também um dever. Direito porque
ninguém pode lhe obrigar a fazê-lo e por ser um privilégio intransferível.
Dever porque tudo o que existe tem um princípio e um fim, e unindo estes dois
pontos há que haver uma linha, um sentido. O princípio é pré-determinado, o fim
é uma escolha que resulta da direção empregada à linha da vida. Se não há uma
escolha consciente, não há avanço na dimensão interna do ser. Isso significa
que, o fim incidirá no mesmo ponto do princípio. Nesse domínio, o do espírito,
é como se essa vida se resumisse a um único ponto, ao invés de uma linha.
É, portanto, o dever de definir um rumo para que a
espaçonave “Sua Vida” possa decolar. Dever de assumir um compromisso consigo
mesmo, de se posicionar perante a existência, de ter consciência de quem se é e
do que se almeja. Dever de deixar o mundo um pouco melhor do que quando nele
chegamos.
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